
A atriz Cacau Protásio, contratada do Grupo Globo, sofreu com humilhação e preconceito nos últimos dias. (Foto: Reprodução/Instagram/Montagem)
Um dos assuntos da semana, a humilhação vivida pela atriz Cacau Protásio, contratada do Grupo Globo, é tema da estreia da coluna K entre nós. Cacau usou as redes sociais para desabafar sobre o episódio e prometeu não deixar a situação passar impune
A indignação popular é tamanha e já há forte pressão para que haja punição severa por parte do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Apesar da Corporação divulgar em nota que não compactua com qualquer ato discriminatório e se solidariza com a atriz da Globo Cacau Protásio, isso não é o suficiente.
O CBMERJ precisa identificar os agentes racistas e homofóbicos e tirar-lhes a farda de quem salva vidas, independentemente de cor, sexo, religião ou biotipo. A instituição mais confiável do Brasil precisa dar o exemplo, mantendo sua tradicional conduta ética e, à Justiça, cabe identificar e punir civilmente os autores dos ataques preconceituosos.
Aliás, em um ponto, tenho mesmo que concordar com eles, não somos mesmo iguais. Há algo que, de fato, diferencia e segrega o ser humano: o caráter! Existe o bom e o mau, o primeiro merece viver em liberdade, já o segundo, deve ser contido para que suas atitudes não prejudiquem inocentes. Claro que existe recuperação e depende de cada um, mas a impunidade não promove reflexão, nem tampouco mudanças de atitude.
*Por Mariana Leão
Entenda o caso

Atriz da Globo, Cacau Protásio passou por humilhação durante esse semana. Entenda o caso. (Foto: Reprodução/Instagram/Montagem)
A atriz Cacau Protásio foi vítima de um crime que virou moda ultimamente, trata-se do racismo. O caso aconteceu durante uma gravação do seu próximo longa-metragem “Juntos e Enrolados” no Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro do Rio de Janeiro no último domingo(24).
Começaram a circular os áudios em que alguns bombeiros criticam e ofendem agressivamente a atriz. Logo ela tratou de imediatamente fazer um vídeo falando sobre o assunto.
Em um desabafo triste e indignada, Cacau disse: “Eu estou fazendo um filme, que faço um bombeiro, sargento, e domingo, fui filmar no batalhão de bombeiros no centro da cidade. Fui super bem recebida, bem assessorada, sendo que tem um bombeiro que fez um vídeo de uma cena solta e espalhou por aí. Em momento algum ele desceu para saber o que estava acontecendo, o que era, e a cena que ele postou é o pedaço de uma cena que é um sonho do meu superior. Eu faço um filme, eu conto uma história, aquilo é ficção, não é realidade. E ele espalhou o vídeo com um áudio me chamando de negra, gorda, filha da p***, aquela cambada de viado… racismo é preconceito, se vocês não sabem, se ele não sabe isso é muito triste. Não entendi o porquê de tanto ódio” disse Cacau.
E seguiu dizendo: “Sou negra, sou gorda, sou brasileira, sou atriz, eu conto histórias conto ficção, não mereço ser agredida, assim como nenhuma pessoa”.
E Finalizou: “A gente não fez nada de absurdo, se as pessoas pedirem para ver a cena, vão ver que não tem nada de absurdo. Mas respeito a opinião dos bombeiros […] Mas peço que a gente tenha mais compaixão um com o outro”. No filme, Cacau interpreta a bombeiro Sargento Diana, seu parceiro de cena é o ator Marcos Pasquim, o filme tem estréia prevista para 2020.
*A coluna ‘K entre Nós’ é assinada pela jornalista Mariana Leão. Com 26 anos de profissão, passou por várias emissoras de TV. Apresentou o programa “Melhor Pra Você”, na Rede TV, foi repórter e apresentadora do “Hoje em Dia” da Record TV, foi repórter da Rede Globo e apresentadora de merchandising do “Domingão do Faustão”. Foi repórter do programa “Band Verão”. É a editora-chefe da revista “O Prelo” e assina esta coluna.
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