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JN é encerrado em luto pela 3ª vez em cinco edições; telejornal reverenciou a memória de Bibi Ferreira
Sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019:
Rodrigo Bocardi: “primeiro os 157 mortos e 165 desaparecidos em Brumadinho, em seguida o temporal fortíssimo que deixou 6 mortos no Rio de Janeiro e hoje este incêndio, que provocou a morte de 10 atletas tão jovens do Flamengo”.
Renata Vasconcellos: “em dias assim, o jornalismo fica mais importante. Deve trazer todas as informações com equilíbrio e cobrar os responsáveis para evitar que tragédias assim se repitam. E reafirmar sempre a nossa solidariedade às famílias das vítimas. Esse é o nosso esforço, é o nosso compromisso”.
Segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019:
Renata Vasconcellos: “o Ricardo Boechat foi um dos mais talentosos jornalistas do país. Muitos de nós convivemos com ele, seja nos anos em que trabalhou com a gente aqui na Globo e mesmo depois em coberturas Brasil afora”.
Rodrigo Bocardi: “foi um colega extraordinário, que deixa muitos amigos. Todos nós, seus companheiros, estamos consternados. E queremos deixar aqui o nosso carinho e a nossa solidariedade à família”.
Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019:
Rodrigo Bocardi: “tanta versatilidade, tanto brilho, tanta história…”.
Renata Vasconcellos: “diva”.
Os comentários acima transcritos são as falas que marcaram o encerramento do Jornal Nacional nos referidos dias. Em todas as ocasiões, foram sucedidos pelo mais ensurdecedor barulho que a TV pode (não) fazer: o silêncio.
Das últimas cinco edições levadas ao ar do principal telejornal do país, três tiveram razões incontestáveis para o silêncio ao término. O sinal de luto mais eloquente veio por diferentes motivos. Todos absolutamente justos, é claro. Pela força de tão diversas circunstâncias, o que era raridade se tornou padrão nesse começo de fevereiro.
A edição da quarta-feira é habitualmente mais curta por causa da transmissão do futebol, mas os adjetivos mais resumidos antes da solene homenagem para Bibi Ferreira, uma das grandes damas do teatro nacional, não diminuíram a dimensão da cobertura sobre a morte, anunciada em flash extra ainda durante a tarde sob o comando de Sandra Annenberg.
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Quase metade do conteúdo do telejornal do horário nobre da Globo foi sobre a despedida para uma “grande estrela dos palcos”, como anunciou a escalada da atração. Em reportagem de Lília Teles, a constatação de que a voz de Bibi desafiava a medicina e a lógica: “mais bonita e mais potente com o passar dos anos”. Foram 96. Praticamente todos dedicados às artes.
O JN ouviu depoimentos de figuras como Cláudia Raia, que classificou Bibi como “grande artista, grande intérprete, grande cantora, grande pessoa”. Nicette Bruno a colocou como “ídola, aquela que vai ficar sempre na lembrança e na memória”.
Na chamada de outra matéria, essa de Mônica Teixeira, Renata Vasconcellos lembrou como Bibi era uma “artista completa”, elencando suas funções como atriz, cantora, diretora e compositora. O VT relembrou as clássicas atuações dela como Édith Piaf, além do desfile em que foi enredo da escola de samba Viradouro, no ano de 2003. Uma trajetória que será sempre ouvida, mas que nesta quarta-feira mereceu o breve e significativo instante de silêncio diante de milhões de telespectadores.
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