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Neste dia, há 67 anos, estreava Sua Vida Me Pertence, a primeira novela brasileira da história
Neste mesmo dia, há 67 anos atrás, estreava na extinta TV Tupi um projeto que veio a revolucionar todo o sistema televisivo brasileiro, criando algo que veio a se tornar produto de exportação mundial: a telenovela Brasileira.
Sua Vida Me Pertence é o título do folhetim que estreou em 21 de dezembro de 1951. Com apenas 15 capítulos, a história que era exibida às terças e quintas-feiras, na faixa das 20h, caiu no gosto do público brasileiro. Era encenada ao vivo, uma vez que, na época, ainda não se tinha criado o videoteipe para gravar as imagens.
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O conceito do formato de novela como conhecemos hoje partiu de uma sugestão de um nome conhecido na TV brasileira: Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico da TV Tupi na época. Cassiano sugeriu um tipo de produção que se assemelhava ao que já era visto nos cinemas e nos teatros, porém, pensando em utilizar esses elementos para criar uma adaptação das radionovelas, extremamente populares na época. Foi então que surgiu o termo “telenovela”, pelas palavras de Wálter Forster.
Na época, não era exibida diariamente. Cada capítulo da trama tinha apenas 20 minutos e, sendo apresentados ao vivo, não contavam com o grande elenco visto nas novelas atuais, naturalmente.
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Sua Vida Me Pertence foi pioneira em muitos aspectos. A novela, que narrava a história de uma típica mocinha (Vida Alves), que era completamente apaixonada pelo personagem de Walter Forster (que, além de protagonista, também era o diretor do projeto). Ele, por sua vez, desdenhava dos sentimentos dela, enquanto se envolvia com a personagem de Lia de Aguiar. No entanto, após muitos desencontros, os dois finalmente se entregam à paixão, selando o sentimento com um beijo apaixonado.
Ao exibir, em 1952, um beijo na boca em plena rede nacional, Sua Vida Me Pertence protagonizou um verdadeiro escândalo, já que era uma coisa incomum e vista com maus olhos até quando praticada nas ruas, devido aos costumes rígidos da época. Infelizmente, o tempo passou e não sobrou nenhum registro do episódio.
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“Um beijo era um escândalo, pois nem nas ruas ele era usual. Na história, que Walter quis chamar de novela, eu dei um único beijo, que só aconteceu no último capítulo. Os beijos naquela época eram muito mais românticos do que sensuais”, disse Vida Alves em 2001, em entrevista ao jornal O Globo.
Além do trio que protagoniza a trama central, a novela também contava com um pequeno elenco com nomes que já eram consagrados na época, como Lima Duarte, José Parisi, Astrogildo Filho, Dionisio Azevedo, Tânia Amaral, João Monteiro e Néa Simões.
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